sexta-feira, 27 de maio de 2011

Setor educacional brasileiro: a próxima vítima da negligência política


É uma desonra e uma grande ignomínia persistir consentindo com as decisões políticas que regem a seção educacional das escolas estaduais brasileiras.
Apesar de nossos impostos estarem em dia, o que está atrasado é a consciência e o respeito dos governantes para com a educação de seu povo. Como cidadãos, prezamos por responsabilidade e qualidade de ensino, porém, nos é apresentado hoje, uma bagunça invariável em âmbito escolar, fruto da negligência política em concernência à população. E onde estão nossos direitos? O futuro do país está nas mãos dos alunos de hoje, que serão a massa trabalhadora de amanhã. Como será possível formar profissionais qualificados se turbulências afetam a estrutura escolar constantemente?
O descaso é demasiado, e através desse depoimento eu busco expressar a voz popular que prime por pontualidade e respeito. Essa é a hora de revolucionar, pois apenas através de manifestações apeteço que será possível transformar a ordem atualmente vigente na sociedade e garantir o cumprimento das responsabilidades devidas a cada profissional. É simplesmente impossível continuar dessa forma, defasando o sistema educacional e contribuindo para prorrogar uma decisão concreta.
Como representante dos estudantes e em nome dos professores prejudicados, posso afirmar com extrema solidez e precisão que até então temos aceitado as constantes transformações no quadro escolar pacificamente, no entanto, não há mais condições de seguir aceitando tamanha irresponsabilidade e desrespeito, e agora é a hora de reivindicarmos nossos direitos oficialmente previstos e exigirmos medidas palpáveis e fidedignas, não mais de caráter ilusório e provisório estabelecidas somente com o intuito de ludibriar o povo e persuadi-lo de que muito esforço e atenção estejam sendo dedicados ao setor educacional.
Manifestar a insatisfação em relação às decisões governamentais é um direito extremamente significante no exercício de uma cidadania plena, para a manutenção e o aperfeiçoamento de um regime democrático honesto, dedicado a auxiliar o bem-estar público e a agir em benefício daqueles os quais os elegeram e agora esperam, inevitavelmente, o cumprimento das promessas de campanha. Os danos e transtornos ocasionados pela incúria e o desprezo social não somente prejudicarão os estudantes matriculados nessas instituições de ensino, mas também os educadores e pais desses alunos que exercem seus deveres na sociedade e, em recompensa, vêm seus direitos sendo transpostos.
As péssimas condições de trabalho dos professores, somadas aos baixos salários, têm levado a categoria à luta pela defesa dos seus empregos. Essa classe trabalhadora há décadas vem suportando situações limites de sobrevivência e agora que desperta e se organiza para lutar por seus interesses e por um futuro possível, é nosso dever apoiá-la nessa luta.
É imprescindível reivindicar os problemas e manifestar a insatisfação perante as normas constitucionais e diante de um setor o qual, hoje em dia, vem sendo questionado pelos alvoroços, subversões e amálgamas que enfrenta. Caso contrário, as consequências serão infeliz e desafortunadamente estarrecedoras, e poderão comprometer o futuro, a vida, o trabalho, o salário e a realização pessoal dos envolvidos. Portanto, é hora de agir imediatamente; não esperemos por transformações. Antes que seja tarde, que as promovamos com nossas próprias mãos.
Os trabalhadores da Educação reivindicam o cumprimento da Lei do Piso aprovada pelo Governo federal em 2008 e julgada constitucional pelo Supremo tribunal Federal no dia seis de Abril de 2011. A lei existe, foi julgada legal e deve ser cumprida. Grande parte dos estados brasileiros paga o piso. Portanto, por que Santa Catarina não paga? Como pode-se exigir que os cidadãos brasileiros cumpram as leis se o próprio governo as desrespeita? Que modo de fazer justiça é esse, que revela-se maléfico aos trabalhadores?



Texto de extraído do jornal Data X, da coluna "O X da Questão", autoria de Agatha Christie Bruschi Birriel Mariani.

Muito obrigada Agatha por sua participação em nossa luta.

O blog Educar é uma Arte sente-se honrado com a sua participação.

Nenhum comentário:

Postar um comentário